sábado, 25 de setembro de 2010



Sofro sozinha. Sofro calada. Sofro em um quarto onde não vejo nada. Sofro de um jeito que não sei explicar. Sofro e nem posso compartilhar. Por que uma coisa que se diz tão boa nos faz sofrer tanto?
É dele mesmo que eu estou falando. Estou falando do amor. Aquele que todos querem que todos desejam, que todos idealizam. Que traz alegria, que traz esperança, que nos faz sentir como se fossemos invencíveis. Um sentimento puro que pode se manifestar de várias formas. Incontrolável, ardente, avassalador, delicado, invejado, delicioso e outros. Tem amor de novela, de livro, de filme, de mãe, de marido e mulher, de pessoa para um animal. De todos os tipos, raças e cores. Preto, branco, mulato, pardo, amarelo e até colorido.
E quando uns desses amores se vão? E quando a esposa largar seu marido, o animal de estimação falecer, a mãe perder seu filho? E ai para onde vai o amor? Vai pelo ralo como água que corre? Guardamos em uma caixa? Ou simplesmente se apaga como se fosse um programa de computador? Para amar existem várias formas e para esquecer? Tantas perguntas que eu gostaria de saber responder. Porém só uma resposta já iria me satisfazer. Apenas me respondam: como se faz para esquecer? É esquecer um amor. Porque amar é quase que inevitável, você não controla e quando vê não consegue se imaginar sem. Mas e o esquecer? Todos vão dizer que é fácil, que apenas basta querer, porém nem sempre é assim. Eu por exemplo estou tentando esquecer um amor. Um daqueles de filme sabe?! Estilo comédia romântica, porém de comédia não tem nada. E como não é cômico só pode ser trágico. Posso parecer dramática, entretanto só eu sei como é duro perder um amor.
Amor como meu, que era invejado, que era puro e verdadeiro. Ah como era bom o meu amor. Que saudade que eu sinto do meu amor. Daquele fogo que arde...sabe?! E por onde anda esse amor? Metade dele anda dentro de mim, no vazio que eu me transformei. Vagando e procurando o melhor lugar para se alojar. Todavia, eu e ele sabemos que o lugar onde queríamos estar, aquele que não nos pertence e nunca mais nos pertencerá. Talvez nunca, seja uma palavra muito forte, mas quando se vê a outra metade do seu amor sendo dada a outra pessoa, é como se nunca mais fosse capaz de se completar. Por isso amem, entretanto não deixe o amor escapar. Talvez ele não saiba como voltar e pegue outra rota para amar.

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